Museu do Amanhã: Vale a pena visitar?
Essa era uma pergunta que eu mesma me fazia antes de colocar meus pés dentro do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Ouvi uma pessoa comentar em um programa de rádio que o passeio tinha sido uma das coisas mais incríveis que ela já tinha visto. Eu precisava ter a experiência para entender se era mesmo tudo o que diziam. Ou seja, a expectativa era bem grande.
Comprei meu ingresso com desconto pela internet, com o cartão Santander. Na promoção, o titular do cartão ganha 50% de desconto, pagando apenas R$ 10,00 para entrar no local. As visitas são por horário e você tem 3 horas de tolerância para chegar. O passeio dura entre 2 e 3 horas. Mais, se você parar em absolutamente todos os pontos de leitura aprofundada.
Já de frente ao prédio, minhas expectativas foram para a lua. Moderno e cheio de detalhes, ele lembra muito um peixe ou baleia. A arquitetura é do espanhol Santiago Calatrava, que registrou seu processo criativo em mais de 600 aquarelas. Todo sustentável, dá uma aula de energia solar com os 48 conjuntos móveis no formato de asas metálicas, nos quais estão instaladas placas fotovoltaicas. Elas ainda se movimentam ao longo do dia de acordo com a posição do sol, para otimizar o aproveitamento da luz solar.

O primeiro momento dentro do museu é a entrega de um cartão de plástico com um símbolo redondo nele. Nos explicam que aquele cartão é como uma inteligência artificial. Você cadastra seu nome e e-mail no cartão em uma das diversas mesas automáticas e depois vai passando o cartão onde o símbolo circular estiver gravado. Assim, vai descobrir mais a fundo sobre cada assunto e ainda gravar a sua passagem, que posteriormente vai ser enviada para o seu e-mail. Todas as interações são registradas e você pode “voltar ao museu” mesmo não estando mais no Rio de Janeiro.

Depois disso, o passo seguinte é entrar em uma estrutura em forma de esfera, onde existem bancos e almofadas para que todos possam se sentar ou deitar da maneira mais confortável para assistir a uma animação 360 graus sobre a nossa origem. A primeira pergunta do museu é “De onde viemos?”. O vídeo aborda a visão de que somos feitos da mesma matéria que as estrelas, nos conectamos com o Universo e as nossas origens. Não preciso dizer que saí com olhos mais do que marejados.
Já apaixonada pelo museu, aquilo era só o começo. O segundo momento da Exposição Principal é chamado de “Terra” e está associado à pergunta “Quem somos?”. Somos matéria, vida e pensamento. E essas três dimensões foram representadas por três cubos de sete metros de altura, super tecnológicos, para dar brilho no olho.

Gostei muito da caixa “Pensamento”, que mostra tudo o que a mente humana cria, sente, expressa. Feita inteiramente de led no exterior, o cubo varia suas imagens entre luzes e animações representando o sistema nervoso, que é essencialmente o mesmo em todos os seres humanos. Dentro, fala de cultura, diversidade, pertencimento, celebração… Tudo com tótens iluminados e espelhos, que dão a ideia da capacidade ilimitada da nossa mente.
“Antropoceno” é chamado o momento central da Exposição Principal. Além de um enorme espaço com várias telas de led gigantescas, o espaço nos convida a pensar criticamente o que temos feito para e pelo mundo. O ser humano chegou ao ritmo de crescimento equivalente ao de uma colônia de bactérias: extremamente explosivo, num prazo muito curto. Nós nos planetarizamos: não existe hoje uma região sequer que não seja afetada direta ou indiretamente pelo conjunto da atividade humana. Neste espaço, a pergunta a ser feita é: “Onde estamos?”. De arrepiar. E de esquecer de fotografar. 😉 Foi tão intenso que voltamos tocados com o que fazemos e o que podemos fazer pelo nosso planeta.
“Para onde vamos?” é a próxima pergunta da lista. São exploradas tendências do futuro por meio de jogos, entre eles o Jogo das Civilizações, baseado num modelo estudado pela NASA. O visitante é convidado a pensar nas questões de sustentabilidade e convivência nos três espaços: Sociedade, Planeta e Humano. Joguei um quiz que me diria que tipo de ser humano sou. O resultado, além de ser mostrado na tela, foi enviado para o meu e-mail.

Para finalizar a exposição principal, chegamos ao espaço “Nós”, estruturado em um ambiente representando uma oca, que simboliza uma casa do conhecimento indígena. Depois de passar por tantas perguntas, poucas respostas e muitos (muitos) pensamentos, o Museu do Amanhã nos convida a colocar em prática tudo o que pudermos fazer para melhorar o mundo. O Amanhã começa agora, com as escolhas que fazemos.
São tantas coisas para melhorar, tantos erros para reparar. Começando com um pequeno passo, podemos mudar a situação do nosso planeta, profundamente transformado pela nossa própria intervenção.
Deixo aqui o convite para pensarmos no legado que vamos deixar para as futuras gerações. Não somente voltado à sustentabilidade, ao lixo que jogamos fora, à comida que desperdiçamos. Mas também no respeito pela cultura, crenças e sentimentos dos outros.
Não preciso nem dizer que o Museu do Amanhã superou minhas expectativas intensamente. Marcou minha alma.
Até o próximo post!
Amanda Jacobus
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