Belo Horizonte: Nosso roteiro de 03 dias
Belo Horizonte foi o primeiro destino de 2020. A cidade foi escolhida lá em dezembro, quando descobrimos que uma banda que gostamos muito (Sticky Fingers) ia tocar pela primeira vez no país, no Festival Planeta Brasil. Não pensamos duas vezes! Um dia depois, já tínhamos nossas passagens compradas e as entradas para o festival.
Decidimos ficar em Belo Horizonte uns dias a mais, para conhecer a cidade. Agora, já de volta, escrevemos com detalhes nosso roteiro para você se inspirar!
Dia 1
Chegamos com chuvas fortes em Belo Horizonte. O clima estava tenso na cidade. Mesmo assim, decidimos passear na chuva (ficamos molhados mesmo usando capas e guarda-chuvas). Começamos nosso passeio pelo Museu de Artes e Ofícios. O primeiro museu brasileiro dedicado ao tema do trabalho. São dois prédios e 9 mil m² de exposição. Ele fica localizado na Praça da Estação e dá pra enxergar direitinho o metrô chegando, das enormes janelas. Para chegar ao segundo prédio, passamos por um caminho subterrâneo. Este prédio de trás é bem mais legal do que o da frente. Ele carrega muitos ofícios e ambientes montados que são sensacionais para quem gosta do assunto!
O Museu de Artes e Ofícios de Belo horizonte fica fechado domingos e segundas. No restante dos dias, abre das 9h às 17h. A entrada é gratuita!
Saíndo de lá, caminhamos um pouco e chegamos ao tradicional Café Nice. Decidimos almoçar de pé nas bancadas estreitas. O Café Nice foi inaugurado em 1939 e recebeu diversos políticos brasileiros por lá (tudo isso é mostrado nos quadrinhos com fotos nas paredes). Na frente, senhores grisalhos debatem sobre política.
Pedimos um suco de laranja espremido na hora, um pão de queijo e uma omelete. Tudo muito fresco e bem feito, alimentando duas pessoas, por R$ 25,00. O Café Nice é competidor da nossa Batalha do Pão de Queijo! Vamos mostrar o melhor pão de queijo (na nossa opinião) lá no Youtube, clica aqui e se inscreva no canal!
Caminhamos mais algumas quadras e chegamos ao Mercado Central. Centenas de banquinhas vendem queijo, doce de leite, goiabada, cachaça, pimenta e muito mais (inclusive animais, o que é um retrocesso). Adoramos provar requeijão de raspa (um tablete de requeijão com raspa do tacho), doce de leite Viçosa e queijos na Estação da Canastra, uma das lojas em que fomos muito bem atendidos pela Lucrécia e o Alexandre. Mineiros são muito amigos e generosos.
À noite, a dica é comer e beber no Mercado Novo que se transforma à noite. Muitos bares, bistrôs, cervejarias. E muita gente também. Sem dúvida esse é um ponto de encontro da galera jovem de BH. Tomamos licores diferentes no “O Andarilho” e comemos um maravilhoso croquete de cogumelos na “Cozinha Tupis”. A cozinha aberta deles dá a oportunidade de enxergar a dinâmica dos pedidos e da produção do seu prato. Incrível!
Dia 2
O segundo dia oferece uma ótima oportunidade: conhecer vários museus com entrada gratuita! Isso nos alegrou demais em BH, ver como a cultura está sendo muito bem oferecida com entrada franca para todas as pessoas que tiverem interesse. Os três pontos a serem visitados ficam na famosa Praça da Liberdade, no bairro Savassi.
Começando com o Memorial Minas Gerais Vale, que é um espaço artístico cultural todo dedicado às tradições mineiras. Conta a história de Belo Horizonte e seus fantasmas (contamos sobre eles aqui). A informação é oferecida com apoio da tecnologia e de formas inusitadas, como uma sala falando das fazendas mineiras, onde quase todos os móveis estão colados no teto e nas paredes. Algumas salas contam com narração de algum artista famoso, como Fernanda Montenegro e sua voz intensa. Vale cada minuto do seu tempo, pode ter certeza! Abre todos os dias a partir das 10h, menos segunda-feira.
Depois desse passeio, atravesse a praça para entrar no Centro Cultural Banco do Brasil, dentro de um prédio de 1920. Há exibição de filmes e exposições temporárias. Pudemos curtir os retratos do famoso Man Ray, que fotografou figuras icônicas da arte, cinema, moda e outras personalidades. O CCBB BH abre todos os dias menos terça-feira. Das 10h às 22h.
Atravesse novamente a praça e chegue ao Museu das Minas e do Metal, que é outro espaço cheio de tecnologia que visa fazer uma ligação entre a história de Minas Gerais e riqueza de suas minas e recursos naturais. A diversidade dos minerais do solo são expostas de diversas formas, sempre com interatividade.
À tardinha, conhecemos a Rokaz, que é um centro de escalada localizado na própria Savassi. Começamos com um minicurso de 30 minutos, onde o instrutor explicou os conceitos básicos, o equipamento e tudo o que precisávamos para iniciar no aprendizado da escalada. Depois, brincamos nas paredes da Rokaz, testando a modalidade boulder (sem apetrechos e em parede mais baixa) e Top Rope (a corda fica presa lá em cima e você vai subindo). Foi sensacional e vale muito a pena para quem gosta de aventura e testar coisas novas!
Dia 3
Nosso dia 3 foi em um domingo e fez sol em Belo Horizonte! Fizemos um passeio bem legal na Feira Hippie, que comemorou 50 anos de atividade na avenida Afonso Pena. Faça chuva ou faça sol, 2000 banquinhas fecham a avenida vendendo de tudo: artesanato, roupas, calçados, bijuterias, comida e muito mais. Sem dúvidas, um local muito tradicional para visitar se você estiver pela cidade!
À tarde, pegamos um Uber para conhecer a Lagoa da Pampulha, que fica mais afastada do centro. Devido às chuvas, o entorno estava um pouco sujo, mas mesmo assim, pudemos apreciar a beleza da lagoa, que foi finalizada na gestão do governador (posteriormente presidente), Juscelino Kubitschek. Há várias empresas de locação de bicicletas, mas decidimos pegar uma por aplicativo (Bike BH), onde 30 minutos de passeio custou só R$ 2,00. A lagoa é gigantesca e é muito agradável andar de bicicleta. O circuito completo, dura cerca de 2h. Tudo bem organizadinho, ciclofaixas e calçadas.
Chegamos à Igreja de São Francisco de Assis, que foi projetada por Oscar Niemeyer. Os painéis são de Cândido Portinari. A Igreja da Pampulha é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais -Iepha/MG (em 1984) e pela Gerência do Patrimônio Municipal. O projeto escandalizou as autoridades eclesiásticas, lá em 1943, por ser muito diferente de uma igreja “normal” Ficou 14 anos proibida de receber missas por parecer apenas um galpão. Que doido né?
Se bater uma fome ou sede você ainda pode comprar uma água de coco bem gelada (R$ 5,00) ou até parar em um bistrô ou outro que ficam de frente para a lagoa. Se parar no Eleve, peça a canjica com sorvete de canela, sensacional!
Termina aqui nosso roteiro completo de 3 dias pela cidade de Belo Horizonte. O que mais você colocaria dentro do passeio? Alguma coisa que esquecemos de mostrar? Certeza de que tem muito mais para se ver, com mais tempo!
Fizemos muito conteúdo mostrando mais detalhes nos stories do Instagram @livreseselvagens – que ficaram salvos nos destaques. Além disso, já estão no ar os dois VLOGS no Youtube olha só:
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