Ilha Fiscal – O local do Último Baile do Império
Conheça a Ilha Fiscal, local do Rio de Janeiro cheio de histórias.
Para quem gosta de história, o Livres e Selvagens é uma caixinha de prazeres. Nossos roteiros sempre levam em consideração os lugares onde há maior registro e curiosidades sobre o local visitado. E muita gente não vê o Rio de Janeiro como guardião de uma história rica sobre o Brasil.
Mas acredite. Para nós, samba, caipirinha e praia foram somente uma pequena parte do passeio.
A Ilha Fiscal é, com o nome já diz, uma ilha, em cujo espaço ergue-se um pequeno palácio em estilo gótico-provençal onde no século XIX funcionava a Guarda Fiscal, que inspecionava as cargas dos navios. Foram necessários sete anos para concluir a obra, inaugurada com pompa pelo imperador Dom Pedro II, em 1889.

Também abrigou um dos mais importantes eventos da história do Brasil: O Último Baile do Império. Uma festa gigantesca com muita pompa e luxo, onde 3 mil pessoas comeram, beberam e dançaram a noite inteira. Foram servidos 20 mil sanduíches e 10 mil litros de cerveja, além de 188 caixas de vinho e 80 caixas de champanhe! Foi a última festa do império pois, enquanto a monarquia festejava, os militares tramavam o golpe para tomar o poder e criar a República.

A ilha está ligada a terra por um caminho que percorremos. Em dias onde predomina o sol, os visitantes são levados de barco até o local. Como o tempo estava instável, fomos de van. A guia turística conhece profundamente a história daquele local. Dá pra ver que é apaixonada por tudo o que envolve o passeio. Explicou com detalhes a festa, os cantos do chateau e os dados da época.

O primeiro momento é dentro de uma salinha com uma tela de TV virada em formato retrato. Nela, aparece uma baronesa, personagem que participou do baile em uma encenação gravada. Ela explica os costumes, gastronomia, faz fofocas sobre o baile como se os expectadores fossem uma amiga íntima da alta sociedade. Desta forma, cria uma conexão bacana com o público. Fomos todos convidados a conhecer os convites para o grande baile e os cardápios da noite, originais, dentro de uma redoma de vidro.

Depois, subimos alguns lances de escadas em caracol até chegar à sala de escritório onde o almirante trabalhava. Nela, pode-se apreciar lindos vitrais coloridos com a imagem da Princesa Isabel e D. Pedro II. O piso é feito com uma técnica de marchetaria com vários tipos de madeira nativa.
Saindo por uma portinha, uma grande varanda permite ver a cidade e o mar. Gaivotas voavam sobre nós e podíamos ver os aviões descendo no Aeroporto Santos Dumont. Muito bacana!

Entramos no acervo cultural da marinha, um pequeno museu com algumas explicações náuticas. Então, voltamos de van até o Centro Cultural da Marinha, onde pudemos ainda entrar em um Submarino e em uma Nau que reproduz as embarcações portuguesas usadas para desbravar o mundo no século XVI. Muito show!

O passeio dura em torno de 2 horas e custa R$ 30 reais (R$ 15 meia entrada). As visitações acontecem de quinta à domingo em três horários: 12h30, 14h 15h30. Os ingressos são vendidos no período das 11h às 15h10. O embarque acontece 20 minutos antes, no Centro Cultural da Marinha.
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